14.1.11

A Roleta Russa…

 

roleta2 Bom,

Este ano começou. Com ele, vem sempre aquela vontade de ser extremamente feliz.  Repensamos nossas metas e determinamos vários objetivos a longo prazo.

Dentro de cada um, existe aquela necessidade de ser completo. De sentir-se completado por  um outro alguém, de se encontrar em outrem.

 

Porém, nem sempre estamos realmente querendo. Ou queremos da forma errada. Ou ainda, nem queremos tanto assim, e simplesmente nos enganamos com o “falso positivo” que criamos em nosso sub consciente, assim como quando decidimos fazer academia, por exemplo: “Amanhã, eu começo a malhar!”.

 

Quando decidimos ter alguém para nossa vida, decidimos também abrir mão de parte de nossa vivência extremamente individualista. Sonhos compartilhados, bons momentos, e também outros ruins.

Não queremos o melhor emprego do mundo, tanto quanto queremos o maior amor do mundo. Nos agarramos á máxima “enquanto não encontrar o certo, vou tentando o errado”, e assim embarcamos na brincadeira da roleta russa de emoções.

Estamos intensamente a procura de nossa identidade em outras pessoas. Procuramos estabelecer um contato visual, uma aparência que nos agrade, atributos que nos satisfaçam. A primeira vista, parece ser perfeito. Analisamos tão intensamente o estereótipo que tanto buscamos, e resolvemos abraçar esta idéia.

 

Somos carentes de vivência. Somos pobres de compartilhamento. Somos ricos em afeto, porém não sabemos como partilhá-lo da maneira precisa.

 

E na roleta russa, descobrimos depois de certo tempo, que nem tudo é perfeito, que o ouro não reluz tanto quando achávamos, colocamos na balança que a beleza nem sem põe a mesa, e que também nem a riqueza.

 

Cada um de seu lado. Cada um em seu quadrado.

 

Dias passam, e mais uma vez nos vemos abandonados e entregues a solidão voraz… ocasião em que melancolicamente, começamos a lamentar as perdas… as brigas… as discussões, e reconhecemos que não somos realmente tão bons naquilo quanto acreditamos ser. O ego se esquiva, e daí a hipocrisia baixa a guarda, e percebemos então ter feito a grande cagada. Tarde demais?

 

Daí, vem a arma fatal… a recaída. Esta sim, não apazigua, não alimenta, mas sim fadiga. Temos a falsa perspectiva de que o retorno será tão bom quanto o começo fora outrora. Falsa esperança, ainda assim a última a nos abandonar.

 

E nesta roleta russa… mais uma vez estamos sozinhos. Então, dando a volta por cima, decidimos ir á busca. Caímos no pecado da caçavoraz mais uma vez. Tudo de novo. Tudo novamente.

 

Então chega a máxima desta situação. Até onde realmente esta roleta russa de sensações nos trás algo positivo? Pulando de galho em galho, não estamos adquirindo nada mais que apenas tristezas e uma falsa promessa de possível felicidade.

 

Acredito que a saída ideal para nossa existência, seja remanejar nossa busca, não procurando por um perfil exato, mas deixando na mão doacaso. Afinal, assim podemos acertar mais, já que escolhendo é tão errado e incerto.

 

A cada pessoa, a cada cama, a cada toque, o tempo perpassa. No final, restaram apenas pequenos fragmentos. Sensações de uma única noite, e de noite em noite, apenas pessoas. Estranhos sem rosto, dos quais nos lembramos vagamente, e que deixaram apenas as sombras e lembranças do espasmo, do gozo, e do vazio. Sim, depois vem a sensação de vazio, e nos entregamos ao abandono.roleta_russa_ao_luar_steps.3

 

Determinadamente, após partilhar da roleta russa, hoje procuro realmente algo que tenha um principio. Um meio, e sem esperar pelo fim. Não adianto a ocasião antes mesmo que ela possa chegar, pois é certo que um dia, ainda que tardará, sabemos que chegará.

 

Devo, pois, reprogramar minha busca, e procurar estabelecer relações. Estimular vínculos e afeto. Nada a nada, após um fim, sobrará ao menos a amizade, ou um possível carinho. Este ainda é melhor alento, de que o vazio do pós-cama.

Mas a pergunta que não cala: Até quanto, estaremos nesta intermitente roleta russa? Existe realmente felicidade no fim do túnel? Ou tudo não passou de apenas um sonho, e esta é a realidade, sermos eternamente incompletos e incompreendidos?

Quiçá…

 

 

 

@AgoraAcredita

9.1.11

Enquanto isto no Senado…

 
As eleições já passaram, a festa do Natal também, e até mesmo a ressaca do Reveillon já foi sentida. Vamos então, começar a falar sobre a ressaca eleitoral.
Enquanto você, querido leitor, estava gastando seu rico (mas suado, e merecido) dinheirinho nas festividades, alguns parlamentares da Câmara estavam eufóricos para votar um novo aumento salarial para a categoria.
Engraçado que neste mesmo tempo, já soubemos via canais de notícia, que a nossa Presidenta Dilma Vana, pretende não reajustar o salarío mínimo (que já é bem pequeno), como muita gente esperava.
Mas algo que chamou realmente a atenção, foi para o PLC 122. Para quem não acompanha o panorama político nacional, o Projeto de Lei 122, foi popularmente nomeado de “Lei anti-homofobia”.
E para quem não lembrou, após tanto alvoroço na comunidade GLBT, de conferir o desfecho tomado no projeto em questão, que mobilizou inclusive Trending Topic no Twitter, pasmem ao saber que o mesmo será arquivado no Senado.
Isto mesmo, arquivado.
O motivo: Segundo o Regimento Interno do Senado, todas as leis apresentadas em 2006, no Senado, serão automaticamente arquivadas, dado o início deste novo mandato.
Segundo o Secretário-geral adjunto da Mesa do Senado, José Roberto Leite de Matos, “O que é considerado não é a relevância de um tema, e sim a antiguidade de sua proposição”.
Trocando em miúdos, simplesmente por terem demorado tanto tempo para trazer o dito projeto de lei á tona, agora ele simplesmente será jogado aos arquivos do Senado.
Vale acrescentar ainda, que para que um projeto retorne dos arquivos do Senado, é necessário a anuência de pelo menos um terço dos senadores (atualmente 27 deles, no mínimo), através de um termo específico para este propósito, dados 60 dias após o início do ano legislativo (sim, eles ainda estão de férias, e só retornarão 1° de Fevereiro).
Ainda, para o caso do pedido de desarquivamento do projeto de lei não ser aceito, o mesmo não poderá ser reapresentado novamente no Senado, sendo definitivamente arquivado.
 


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Sobre Parada, Amy Winehouse, Novelas e Homofobia: Fuck You…

 

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Hoje em dia vejo que ser gay ou bissexual virou tendência, e que certas coisas já caíram na margem do populismo. Em pleno século XXI, ainda criam caso na TV a respeito de “pretensos” beijos gays, o que nada mais significa que um oportunismo, já que fabricam toda uma falsa expectativa em torno disto, que por sua vez retorna na forma de audiência, mesmo que de indignação, mas ainda assim atingem o propósito original.

 

Dos tempos de “América”, novela da Rede Globo, lembro-me do reteté feito em torno do abortado beijo de Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro), guardado para um final de novela, que não rolou. Ao contrário de América e Paraíso Tropical, que chegaram a gravar os supostos beijos, ainda somos assaltados pela mesmice, e somos presenteados com essa campanha de marketing patética e infundada, agora repetida pela Rede Record, que vetou um beijo lésbico.

 

Em tempos onde, Amy Winehouse mesmo fazendo declarações homofóbicas, vende mais que livro didático, imagesomos bombardeados dia a dia com tantas outras noticias do tipo.

 

Lendo certa edição da Revista Veja SP, quase surtei ao ver uma matéria intitulada “Babado Forte”, que trazia detalhes a respeito das intensas negociações entre donos de Boates GLS de renome e prestígio em SP, e da Associação da Parada Gay de SP. Segundo a matéria, o motivo das discussões era a respeito do preço absurdo cobrado pela Associação para que as Boates levassem seus carros para a avenida. Na edição passada, custava algo em torno de R$5 mil ter um carro com o nome da casa na paulista. Já para este ano, estima-se algo em torno de R$10 mil para cada carro, com mais R$5 mil adicionais para cada nome comercial veiculado nas laterais dos carros.

 

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Não obstante, ainda vejo que a temática gay tenta a passos lentos infiltrar no cenário da política nacional. Nessa investida, que conta com Frentes Parlamentaristas LGBT á pedidos do governador do RIO para que funcionários públicos saiam dos seus armários na Parada carioca.

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O que se percebe com esse furor todo, é que os direitos e reivindicações tão difundidos pelas frentes de militância LGBT estão sendo mascarados por campanhas e aspirações políticas, e pelo lucro com mídia e publicidade oportunista.

 

Realmente estamos em um momento de “vestir a bandeira” do arco-íris e gritar aos sete-ventos a homossexualidade? Também não é direito á privacidade? a Individualidade?

 

Não sou contra os gays que ficam no aconchego dos seus armários não. Afinal, esqueceram que antes das campanhas publicitárias e do turismo milionário que o “gay-friendly” ocasiona, também temos direito á diversão e ao livre-arbítrio.

 

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Quanto a parada, acredito que mesmo aumentando a cada edição, perdeu um pouco do seu foco original. Não vejo hoje, um dia de protesto e de manifestação pró direitos dos homossexuais. A cena que vejo é de uma Sodoma e Gomorra generalizada, cheia de libertinação, coberta por uma bandeira ton sur ton. Não que eu seja contra uma forma livre de diversão e fervor, mas assistir a heterossexuais se aproveitando das lésbicas confusas e alcoolizadas para irem à forra, travestis manchando a dignidade das “Dragg Queens” de avenida fazendo atendimento e PG(programa) em pleno evento, bom isso já não é parada para mim.

 

Deixo claro aos gays, que devem aproveitar este momento, em que a criminalização da homofobia e a união civil homossexual (direitos fundamentais do individuo gay, que por um lapso temporal não estiveram incluídos na Lei Magna), estão tão em alta e fazerem uma retrospectiva dos últimos acontecimentos e pensarem até que ponto chegamos e até onde poderemos ir, quantas tantas vitórias poderemos conquistar.

 

Para firmar minha opinião contra a homofobia, finalizo com a mensagem trazida neste vídeo divulgado via Youtube, produzido por internautas franceses, leitores do portal GayClic.com, para celebrar o Dia Internacional contra Homofobia, dia 17 de maio de 2009.

 

 

Fuck You!

 

 

A legendagem e divulgação do vídeo foi realizada pelo twitter Leandro Rocha.

 

 

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E falando sobre preconceito…

E tem como alguém dizer ainda, que o Brasil é um país que não apoia os movimentos pró diversidade?

Que escola particular que permitiria uma apresentação de “Dia das Crianças” como esta aqui?

Dalhe Brasil.

Arraza Dilma!

 

 

 

 

Recebido via “Butequim da @titialoira”.

8.1.11

As diferenças entre Gays e Lésbicas…

 

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Estava eu pensando sobre a amizade entre Gays e Lésbicas, e sobre o pouco convívio social existente entre estes grupos tão diversificados e tão semelhantes.

Após vários depoimentos colhidos, com amigos e amigas do “babado”, tive diversas abordagens a respeito deste assunto, que no final das contas, se resume a um senso comum: "cada um no seu quadrado".

Tendo tanto amigos gays, como amigas lésbicas, assumidos ou não, comprometidos ou não, percebi que rola certa antipatia entre eles e elas… E fui atrás dos porquês desta questão.

Para alguns amigos, não existe problema algum no relacionamento com mulheres gays. Mas também não existe um partido favorável. Já para as amigas "sapas", também não existe nenhuma dita ‘rixa’. Apenas não existe uma pré-obrigação de que ambos mantenham alguma espécie de vínculo, apenas pelo fato de terem optado pelas mesmas escolhas.

Indo um pouco mais além, há quem diga que não tem problema algum com as lésbicas, pois ter algum preconceito em relação a uma lésbica seria o mesmo que ter preconceito com toda a variante existente entre os próprios gays.

Alguns amigos tidos como mais "sensíveis", afirmam que as ‘barbies’ (lésbicas que se portam como fêmeas, e não possuem nenhuma espécie de trejeito masculino) são de certa forma adoráveis. Chegam até a trocar dicas de tinta de cabelo, de designs para novas peças de roupa, toques de maquilagem e beleza e coisas do tipo. Já as ’sapas e caminhões’ (lésbicas com um comportamento mais associado á identidade masculina), possuem uma espécie de comportamento agressivo em relação aos gays que chega a repelir e inibir uma possível sociabilidade.

 

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Wish*** diz: “Porque elas são estranhas. Brutas, machos…eu hein. Falo sério. Sexta passada mesmo, indo para [...] sentei do lado de duas lésbicas no ônibus. Uma delas, que estava do meu lado, me deu até medo.”

Certas opiniões chegam a ser de certo modo até cômicas. Por exemplo, uma que recebi de outro amigo, que quando perguntado sobre o assunto, certo amigo respondeu: Inveja. Elas estão em constante disputa conosco. Disputa essa infundada. Elas querem a todo o momento provar a elas mesmas e a todo mundo o quão masculinizadas conseguem ser e sentir-se. Ao passo que é exatamente o contrário que nós buscamos às vezes. Não existe razão para essa mania de tentar igualar-se á figura masculina, assim como também acho desnecessário o excesso de certos gays em tentarem ser tão femininos o tempo todo, em quererem tanto se assemelhar á identidade da mulher.

 

 

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Dado diz:

Inveja

@AgoraAcredita… diz:

Só isso?

Dado diz:

Resume-se nisso!

 

 

Há quem afirme que a falta de compatibilidade entre estas duas tribos é pelo simples fato de mesmo sendo como um só estão sempre em lugares e situações peculiarmente tão distintas. É como se onde houvesse gays, não existissem lésbicas. Mas quando partilham o mesmo espaço, convivem em perfeita harmonia, mas desde cada um no seu quadrado.

 

clip_image003feh diz: Acho que homossexuais homens não se dão bem com homossexuais mulheres pelo preconceito que existe entre eles e pela falta de afinidade (freqüentar mesmos locais e etc.), mais isso não vale só para gays e lésbicas, podemos incluir que esse preconceito ou falta de afinidade existe entre gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros. Acho que essa falta de afinidade se da por serem todos de mundos completamente diferentes, como gays não freqüentam os mesmos lugares que travestis e assim por diante. Esta certa falta de afinidade também acontece com pessoas de mesma orientação sexual como os gays da nova geração (que cuidam do corpo, trabalham em altos cargos e etc.), eles tem preconceito contra os gays cabeleireiros por exemplo. Já gays com gays, lésbicas com lésbicas tem certa afinidade, maior que a que um gay teria com uma lésbica, e nisso acaba sendo criada a diferença existente entre esses diferentes mundos.

 

Bom, resta apenas concordar com a opinião de cada, assim como também saber que existem milhares de casos desconexos, onde esta situação é plenamente possível.

Vale apenas lembrar que a alma feminina, em sua essência, é algo completamente complexo de ser compreendido. Ainda assim, por mais ‘masculinizada’ que seja ela, ou mais ‘feminina’ que possa parecer, ainda assim será uma mulher.

E continua assim a minha busca eterna pela compreensão da lógica destas criaturas.

@AgoraAcredita

A Amizade entre Mulheres e Gays...


imageCerto dia, ao ser consultado por uma amiga, acabei batendo nessa tecla:
“Porque será que a amizade entre gays e meninas sempre dá tão certo?”
Consegui chegar a várias conclusões, as quais apresento aqui, como um meio de justificar  realmente essas amizades, que são sempre promissoras.
 
Para chegar nessa máxima, basta seguir uma linha simples de raciocínio. Uma mulher, quando consulta outra pessoa, quem quer que seja, simplesmente quer ter um contraponto, uma opinião totalmente favorável ao que ela sugere ser a decisão ou ação certa a ser tomada, ou ainda algo que negue totalmente o que se tem em mente. Não á nada mais simples que somente opinar. Dar opiniões, sem tomar conhecimento prévio dos fatos ou detalhes, sempre leva á uma opinião de certo modo imparcial, eis que não sabendo dos minuciosos detalhes, não tomamos partido algum.
 
Modéstia parte, os gays sabem bem como visualizar o fator problema em prática, constatando logicamente a melhor saída a se tomar, pois simplesmente visualiza-se o problema como sendo um problema alheio a nós, um problema que sabemos não ser nosso, e que é único e exclusivamente, problema dela, o que acaba nos levando a emitir uma opinião de quem está de fora da coisa, e convenhamos, o problema do outro, sob nosso aspecto, sempre parece bem mais simples de resolver.
 
Sendo assim, logo falamos:
“olha amiga, faz assim, assim e assado, que vai dar certo.”
Temos ainda que levar em consideração, que nem sempre as mulheres querem realmente uma opinião para poder basear suas ações. Em algumas situações, busca unicamente um apoio, uma palavra amiga, um empurrão, sendo estas as mais céticas, que jamais levariam a cabo um conselho recebido de alguém, por melhor que possa parecer. Estas, as sensatas e seguras são minhas prediletas, pois demonstram ter mais personalidade, que as que fazem o tipo “emocionalmente abalada e confusa”.
Toda mulher tem suas inquietações e grilos, isto é fato, afinal são mulheres. Assim como os homens, todos têm seus defeitos, afinal é típico do homem errar mais… e segundo elas, sempre.
 
Por outro lado, vem a amizade feminina. Aquela amizade fraterna, coberta de coleguismo e de companheirismo. Ledo engano.
 
É senso comum entre gays que não existe coisa que soe mais falso que a amizade entre mulheres. Aquelesimage bordões “amiga, estou torcendo por você…”, “amiga, você sabe que tá certa!”, “claro, ele é mesmo um canalha…” são típicos de uma amizade feminina. O que é mais claro nisso tudo, é que as mulheres nem sempre querem apoio. Elas procuram as vezes alguém que lhe aponte o dedo na cara e diga… “você cagou no maiô, gata”.
 
É fato que o seu namorado vai ser sempre menos bonito que o da sua querida amiga, assim como o seu esmalte rendada nunca será tão tendência quanto o havana que ela está usando, tanto quanto o vestido que você comprou achando ser super descolado, é simplesmente coisa de liquidação na opinião dela. Querida, esqueceu aquela tênue linha que divisa os interesses comuns? Mulheres vivem em constante disputa, assim como reza aquele velho sermão de que uma mulher não se veste para si, nem para um homem, mas sim para outra mulher, vale perfeitamente nesta situação.
 
Quanto as opiniões sobre relacionamento a dois, é típico do pensamento de um heterossexual “pera aí… um gay gosta da mesma coisa que uma mulher, então qualquer coisa que disser, será para deixar ela por menos, afinal, quer mesmo é tomar o cara do momento dela…” Errado!
 
Apesar de gays e mulheres terem a mesma preferência, ambos temos públicos-alvo totalmente distintos. Trocando em miúdos, o cara que está com ela, jamais será o cara que está comigo, assim como o cara com quem estou, jamais estará com ela. Mas claro, existem as exceções. São nelas que se confirmam totalmente o que antes foi dito. Um gay jamais irá virar a cara para uma amiga, simplesmente porque por acaso, o gatinho do momento que ela está paquerando, não é nada mais nada menos que o ex dele. Agora, tenho plena certeza, que se o seu gatinho do momento tiver sido um ex de certa amiga sua, a coisa de dois ou mais anos, com certeza, ela vai fechar a cara para você.
 
Amigas nestas situações adoram fazer o drama de “traídas pela confiança”. Cara amiga, se você está nesta situação, saiba que esse na verdade esse drama todo nada mais é que uma desculpa esfarrapada para terminar uma amizade que já não mais existia.
 
Olhando por outro lado, diferente de uma amiga sua que esteja rolando de rir de você pelas costas, pelo fato de ter engordado mais que a baleia orca, tenha a certeza de que a sua queridíssima amiga vai simplesmente te olhar e dizer “amiga, você está ótima”… Ao passo que um amigo gay, já vai te dizer “Colega… cuidado se não nem vai mais poder usar aquele jeans babadeiro, de tão rolha de poço que você tá ficando.
 
Gays aprendem no dia-a-dia a serem sinceros consigo e com os outros. Aprendem que não adianta de nada tanta concorrência, se na hora final o fator decisivo é uma simples questão de química. Já uma amiga, sempre terá vencido você porque para ela com certeza, ela é mais bonita ou mais gostosa que você.
 
Aprendemos também, que nunca se cobiça o namorado alheio, pior ainda se for da amiga… é pior que atraso de vida. Afinal, tem macho para todo mundo, e não! Não trocamos uma amizade por alguém belo, alto, bonito e sensual que nos leva pra cama. Sabemos sim valorizar verdadeiramente uma amizade, isso, quando ela realmente vale a pena.
 
Portanto, colega… Agora, acredita, que a amizade com aquele seu amigo gay é babado certo.
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Aproveito, para registrar meus agradecimentos pessoais á
Raphaella Q., por ser meu molde ideal de feminilidade e fonte de inspiração.