9.1.11

Sobre Parada, Amy Winehouse, Novelas e Homofobia: Fuck You…

 

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Hoje em dia vejo que ser gay ou bissexual virou tendência, e que certas coisas já caíram na margem do populismo. Em pleno século XXI, ainda criam caso na TV a respeito de “pretensos” beijos gays, o que nada mais significa que um oportunismo, já que fabricam toda uma falsa expectativa em torno disto, que por sua vez retorna na forma de audiência, mesmo que de indignação, mas ainda assim atingem o propósito original.

 

Dos tempos de “América”, novela da Rede Globo, lembro-me do reteté feito em torno do abortado beijo de Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro), guardado para um final de novela, que não rolou. Ao contrário de América e Paraíso Tropical, que chegaram a gravar os supostos beijos, ainda somos assaltados pela mesmice, e somos presenteados com essa campanha de marketing patética e infundada, agora repetida pela Rede Record, que vetou um beijo lésbico.

 

Em tempos onde, Amy Winehouse mesmo fazendo declarações homofóbicas, vende mais que livro didático, imagesomos bombardeados dia a dia com tantas outras noticias do tipo.

 

Lendo certa edição da Revista Veja SP, quase surtei ao ver uma matéria intitulada “Babado Forte”, que trazia detalhes a respeito das intensas negociações entre donos de Boates GLS de renome e prestígio em SP, e da Associação da Parada Gay de SP. Segundo a matéria, o motivo das discussões era a respeito do preço absurdo cobrado pela Associação para que as Boates levassem seus carros para a avenida. Na edição passada, custava algo em torno de R$5 mil ter um carro com o nome da casa na paulista. Já para este ano, estima-se algo em torno de R$10 mil para cada carro, com mais R$5 mil adicionais para cada nome comercial veiculado nas laterais dos carros.

 

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Não obstante, ainda vejo que a temática gay tenta a passos lentos infiltrar no cenário da política nacional. Nessa investida, que conta com Frentes Parlamentaristas LGBT á pedidos do governador do RIO para que funcionários públicos saiam dos seus armários na Parada carioca.

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O que se percebe com esse furor todo, é que os direitos e reivindicações tão difundidos pelas frentes de militância LGBT estão sendo mascarados por campanhas e aspirações políticas, e pelo lucro com mídia e publicidade oportunista.

 

Realmente estamos em um momento de “vestir a bandeira” do arco-íris e gritar aos sete-ventos a homossexualidade? Também não é direito á privacidade? a Individualidade?

 

Não sou contra os gays que ficam no aconchego dos seus armários não. Afinal, esqueceram que antes das campanhas publicitárias e do turismo milionário que o “gay-friendly” ocasiona, também temos direito á diversão e ao livre-arbítrio.

 

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Quanto a parada, acredito que mesmo aumentando a cada edição, perdeu um pouco do seu foco original. Não vejo hoje, um dia de protesto e de manifestação pró direitos dos homossexuais. A cena que vejo é de uma Sodoma e Gomorra generalizada, cheia de libertinação, coberta por uma bandeira ton sur ton. Não que eu seja contra uma forma livre de diversão e fervor, mas assistir a heterossexuais se aproveitando das lésbicas confusas e alcoolizadas para irem à forra, travestis manchando a dignidade das “Dragg Queens” de avenida fazendo atendimento e PG(programa) em pleno evento, bom isso já não é parada para mim.

 

Deixo claro aos gays, que devem aproveitar este momento, em que a criminalização da homofobia e a união civil homossexual (direitos fundamentais do individuo gay, que por um lapso temporal não estiveram incluídos na Lei Magna), estão tão em alta e fazerem uma retrospectiva dos últimos acontecimentos e pensarem até que ponto chegamos e até onde poderemos ir, quantas tantas vitórias poderemos conquistar.

 

Para firmar minha opinião contra a homofobia, finalizo com a mensagem trazida neste vídeo divulgado via Youtube, produzido por internautas franceses, leitores do portal GayClic.com, para celebrar o Dia Internacional contra Homofobia, dia 17 de maio de 2009.

 

 

Fuck You!

 

 

A legendagem e divulgação do vídeo foi realizada pelo twitter Leandro Rocha.

 

 

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